Caso Chelton: policial militar é condenado a 16 anos de prisão pela morte de homem que tentou separar briga em Aracaju
O policial militar Denni Hallison Borges Vieira foi condenado, nesta quinta-feira (6), pela morte do assistente administrativo Chelton Luiz Santos, de 28 anos, em Aracaju. A vítima tentava separar uma briga quando foi baleada no pescoço. Relembre:
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso de Chelton Luiz, um homem de 28 anos, que foi baleado no pescoço no domingo (15) no Conjunto Augusto Franco, Zona Sul de Aracaju. O suspeito pelo disparo é um policial militar à paisana.
Ele está internado em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI) no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), onde já passou por uma cirurgia.
De acordo com a família, a vítima foi baleada quando tentava separar uma briga entre um amigo dele e o policial.
“Ele foi para tentar apaziguar toda a situação. Ele vai e conversa com um amigo, pede calma. Pede calma ao policial também, que não estava fardado. [O policial] acaba discutindo com esse rapaz, puxa a arma, e vai em direção desse rapaz pra atirar, só que esse primeiro tiro que ele deu pega em meu irmão”, disse Charles José Santos, irmão da vítima.
O julgamento ocorreu por mais de 12 horas, na 8ª vara criminal no Fórum Gumersindo Bessa. O juiz Karlos Max Araujo Alves proferiu a sentença: homicídio qualificado consumado e tentativa de homicídio qualificado, com um total de 16 anos de reclusão. O advogado de defesa do réu, Evaldo Campos, informou que irá recorrer da decisão.
O crime ocorreu no dia 15 de novembro de 2020, quando, durante uma confusão na fila do banheiro de um bar no Bairro Farolândia, na Zona sul da capital, Chelton foi atingido por um disparo. Ele foi socorrido e levado para um hospital da capital sergipana, onde morreu dez dias depois.
O amigo dele, Gicelmo Santos Filho, foi atingido com um tiro na orelha. Todos os envolvidos eram conhecidos e cresceram no mesmo bairro.
Fonte: G1 Sergipe
