Bututim e o Parada Seis
Lagarto já possuía o Los Guaranis, mas um novo grupo musical começava a surgir, era o Parada Seis. Composto por Zé Paulo (cantor), Rinaldo Prata, na guitarra solo, Bal e Geraldo na percussão, Val no contra-baixo, Raimundo na guitarra base e Bututim na bateria. Eles ensaiavam no quartinho nos fundos da casa de seu Nicolau, na rua Senhor do Bonfim. Meu irmão, Adherbal, era o técnico e empresário da banda. A aparelhagem era bastante precária, mas, para época, as exigências eram quase nenhuma. Foi na primeira apresentação, no salão da AAL, que ousei convidar a primeira garota para dançar. Um e outro pisão ali, outro aqui, até que a donzela foi me ensinando os primeiros passos de dançarino. Olha que nos anos setenta, eu e meu amigo Manoel, depois conhecido por Michael, usando os confortáveis sapatos cavalo-de-aço, muitas vezes mostramos nossas proezas como dançarinos de black music. Mas a história aqui é outra, Bututim se gabava de ser um grande baterista. Foi num baile realizado na AABB, no prédio onde hoje funciona o Rotary Club, que ele mostrou suas proezas. O salão repleto de dançarinos e a banda tocando os rocks da época, quando, de repente, a banda faz a mudança de uma música para outra e o desenvolto baterista toca a baqueta no prato com mais força que de costume, o prato é lançado ao ar e voa sobre as cabeças dos animados dançarinos, indo parar longe. Ninguém saiu ferido, mas até hoje Bututim garante que a história não é verdadeira. Realmente, não posso assegurar, pois não estava lá, mas que é verdade, isso muita gente afirma.
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