Alfa e Beto
Diferencial de sucesso vivenciado nas escolas da rede estadual de Sergipe – um exemplo que se amplia da DRE’02 para outras instituições.
Rusel Barroso / Salete Fernandes*
O Programa de Alfabetização Alfa e Beto, sobremodo difundido por sua aplicação de sucesso em muitas escolas no Brasil, singularmente nas da rede estadual em Sergipe, sai do contexto de sala de aula e ganha asas com sua propagação nas Instituições de Ensino Superior. Exatamente como foi recém-apresentado por uma graduanda na AGES – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, da Bahia, em dezembro de 2007.
Prioritariamente, o Alfa e Beto destina-se à alfabetização de crianças. Começou a ser praticado no ano de 2003, já tendo atingido mais de 100 mil crianças em diferentes municípios, sobretudo na rede oficial (estadual e municipal) de ensino.
Entre as características do Programa Alfa e Beto, estão: êxito comprovado, visto que o Programa já foi implementado com eficácia em dezenas de municipalidades em todo o país; metas de desempenho, vez que estabelece as que precisam ser atingidas pelos alunos, escolas e redes de ensino. Tem como objetivo assegurar a efetiva alfabetização do 1º ciclo das crianças através de um programa completo e que contém atividades relativas a todas as competências que integram o processo de alfabetização. Isso permite que a escola se adapte ao nível em que se encontra cada aluno. Ademais, além de alfabetizar, o Programa introduz o estudante no mundo das letras e dos livros e desenvolve vocabulário e competências de compreensão de texto e de expressão oral.
Em sua abordagem, a acadêmica Euvaldina Ribeiro Santos Matos, natural de Simão Dias, Sergipe, trata da análise do referido programa como modelo que abre caminhos para o ensino em seu município.
O estudo monográfico desenvolvido analisa o processo de alfabetização ALFA E BETO pelo método metafônico, como exemplo viável de ensino para crianças de 6 a 8 anos, implementado a partir da grande inquietação gerada pela situação crítica em que se encontra a educação brasileira.
O Brasil possui, segundo investigações da universitária, um dos mais deficitários sistemas de educação básica do mundo, sendo que a maior fragilidade se encontra, principalmente, nas primeiras séries, o que se torna uma preocupação nacional. Por isso, as autoridades educacionais sergipanas vêm buscando solucionar o problema sem medir esforços.
Muitas Teorias têm sido trabalhadas, vários projetos e programas já foram criados, porém, não conseguiram transformar a realidade. O programa analisado pela acadêmica Euvaldina Matos é uma sugestão importante que vem se expandindo no exterior, a partir de evidências científicas fundamentadas em consonância com o paradigma científico predominante no seio da ciência cognitiva da leitura, até chegar ao Brasil, por intermédio do Prof. João Batista Araújo e Oliveira, doutor em Educação pela Florida State University.
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* Professor universitário, escritor e pesquisador, membro da Associação Sergipana de Imprensa / Salete Santana, graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe; integrante da Equipe Técnica da Diretoria Regional de Educação – DRE’2.
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