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Claudefranklin: marcas que consolidam sua trajetória

claudefranklinMonteiro Claudefranklin: marcas que consolidam sua trajetória

Viajar pela centrifugação de Nove Contos, de Claudefranklin Monteiro, foi das mais aprazíveis experiências que vivenciei há alguns anos, quando tive a satisfação de apresentar um dos seus livros. Hoje, essa alegria transcende com a oportunidade de retomar a pena para falar deste lagartense, por vezes irrequieto, mas um exímio mestre, de personalidade admirável, e que, de modo muito especial, afaga as pessoas que dele se aproximam, pois herda de seus pais, um legado de virtudes que lhes são peculiares.

Claudefranklin Monteiro Santos nasceu no dia 6 de março de 1974, em Lagarto, também denominada “Cidade Ternura”, no centro-sul de Sergipe. Terra imortalizada como berço de pensadores da cultura brasileira, a exemplo de Aníbal Freire, Sílvio Romero e Laudelino Freire, membros da Academia Brasileira de Letras.

Sua família, por muitos anos, fixou residência na Praça da Piedade, local onde viu nascer o pequeno Claudefranklin, filho de Maria Claudemira dos Santos Monteiro e José Almeida Monteiro. Pouco depois de ensaiar seus primeiros passos, o menino foi conduzido ao Colégio Cenecista Laudelino Freire, de onde foi aluno e mais tarde dileto professor. Bem-sucedido nos estudos, Claudefranklin nutria inúmeros sonhos, entre eles, o de seguir os caminhos tão bem orientados pelo seu saudoso e querido irmão José Cláudio Monteiro, sem dúvida o maior incentivador de sua carreira ao lado da professora Patrícia, esposa e amiga que lhe concedera a alegria de hoje ter ao seu lado um grande companheiro, o seu filho Pedro Franklin.

Apaixonado pela docência, Claudefranklin não demorou a se render ao encanto de alguns colégios, entre eles, Luiz Alves de Oliveira, Frei Cristóvão e Abelardo Romero, este último, afetivamente batizado de Colégio Polivalente, e que lhe brindara sólidas amizades como as de Paulo Prata, Rusel Barroso e Celso Milton Oliveira. Registre-se que esse era um grupo de abnegados às causas da educação, sobretudo, às de melhoria do referido colégio.

Em 2004, o jovem Claudefranklin foi convidado a integrar a equipe de coordenadores da Faculdade José Augusto Vieira, tendo sido o mentor fundamental na implantação do curso de História daquela instituição de ensino superior que, em sua passagem, recebera inúmeros aplausos pelo êxito da sua profícua atuação. A partir de então, seu gosto pela pesquisa e entusiasmo pela escrita o motivaram a prestar concurso para Universidade Federal de Sergipe, onde atualmente é professor do Departamento de História e vem realizando um trabalho impar com seus alunos.

Seu singular relacionamento com entusiastas da cultura, em que se inclui a Prof.ª Terezinha Oliva, somado ao exemplar desempenho de suas atividades, mormente no âmbito de suas publicações, foram os principais responsáveis pelo seu crescimento profissional que, inclusive o levaram a se tornar sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e ao ingresso no Movimento Cultural Antônio Garcia Filho da Academia Sergipana de Letras.

Entre os inumeráveis reconhecimentos recebidos, merecem destaque a Ordem do Mérito Sílvio Romero (2001) e a Comenda Daltro (2011), concedidas pela Prefeitura de Lagarto, assim como o prêmio Destaque Jovem da Educação, pela Ala Jovem do seu município.

Ao longo dos anos, Claudefranklin tem sido um dos grandes colaboradores das publicações lançadas em Lagarto, seguindo o arquétipo do seu inseparável confrade, o professor e radialista Emerson Carvalho, por quem nutre um apreço imensurável.

Licenciado em História pela Universidade Federal de Sergipe, onde também concluiu seu mestrado em Educação, não se rende ao meio do caminho, e já se organiza para a conquista de mais um sonho, o seu doutorado.

Entre as suas consideráveis produções: Centrifugação (1999), Nove Contos (2003) e Metodologia do Ensino de História (2010), com evidência para o seu trabalho de organização do livro Uma Cidade em Pé de Guerra (2008), de Alailson Modesto, Patrícia Monteiro e Raylane Santos.

 

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*Texto de Rusel Barroso, escritor e pesquisador, membro do Conselho de Ética da Faculdade Ages, da Associação Sergipana de Imprensa e do Núcleo de Saberes de Lagarto.

1 comentário

Camila Oliveira

Só um grande mestre para escrever tão bem sobre outro. Comprei o Cinform que homenageia Lagarto em seus 132 anos. O caderno sobre os ilustres lagartenses é uma aula que nos instiga a visitar esse município. Apesar de morar em Aracaju, sei muito sobre Lagarto, pois meus pais aí residiram e trabalharam por um bom tempo. Que bom que vocês lembraram de Maria Alves, essa grande artista que se destacou no cinema e na televisão, nascida em Lagarto, para surpresa de muita gente que está acostumada a saber de artistas nordestinos apenas da Bahia e do Ceará.

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