Conexões Negras e a Partilha dos Saberes: Um Encontro de Resistência e Transformação
A busca pela valorização da cultura afro-brasileira e a promoção de uma troca genuína de saberes marcaram o evento Conexões Negras e a Partilha dos Saberes. Realizado no contexto do Mês da Consciência Negra, o encontro reuniu artistas, intelectuais, educadores e lideranças comunitárias, destacando o poder das tradições afrodescendentes como ferramenta de resistência, empoderamento e transformação social.
Com uma programação que envolveu rodas de conversa, apresentações culturais, oficinas e debates, o evento ressaltou a importância de narrativas que combatam o racismo estrutural e promovam a equidade. “Estamos aqui para construir pontes. Cada troca de experiência é uma oportunidade de fortalecer nossas raízes e repensar o futuro”, afirmou a socióloga e ativista cultural Ana Luísa dos Santos, uma das mediadoras das discussões.
As atividades exploraram temas como a ancestralidade africana, os desafios das comunidades negras contemporâneas e o papel da educação no resgate e na disseminação dessas tradições. Em destaque, as rodas de conversa sobre a preservação da oralidade e das manifestações culturais de matriz africana chamaram a atenção para a necessidade de políticas públicas que reconheçam e protejam esse patrimônio.
“Esses espaços são fundamentais para criar redes de apoio e visibilidade para quem trabalha pela valorização da nossa história. Não estamos apenas revisitando o passado, mas escrevendo um futuro de maior inclusão e respeito”, disse Edilson Nascimento, líder de um coletivo de jovens artistas negros.
Além de ser um espaço de reflexão, o evento promoveu a partilha dos saberes na prática, por meio de oficinas de capoeira, culinária tradicional, turbantes e danças afro-brasileiras, criando uma experiência imersiva para os participantes. A conexão entre as gerações foi outro ponto alto, com mestres mais velhos compartilhando histórias e práticas culturais com jovens interessados em dar continuidade a esse legado.
Ao final, o evento reafirmou a potência das Conexões Negras como uma estratégia de resistência coletiva. Em um mundo marcado por desigualdades, iniciativas como esta mostram que a partilha dos saberes é um ato de união que inspira e transforma.