Ano-novo – Ano-bom
Ano-novo é o Ano-bom que todos desejam, almejam, esperam e aguardam confiantes. De 12 em 12 meses, cada um deles se repete pleno de ilusões, no mundo de cada individualidade.
Assim tem sido há séculos, pelo mundo afora, alimentando esperanças, sustentando perspectivas, mantendo a doce ventura de trazer um universo de bondade e justiça para pobres e ricos, para crentes e céticos, para a humanidade.
Se o mundo foi criado para todos e é a colmeia geral de pequeninos e grandes, é natural e oportuno que o 1º de janeiro seja aguardado com mudanças, festas e modificações. Especialmente, mudanças de justiça social, pois o que é de todos, a todos dá o mesmo direito e o mesmo dever. Dá a mesma obrigação de trabalhar e ter direito ao lazer, de estudar e ser útil à comunidade.
Afinal, o que muda o mundo é a sua mentalidade, a sua formação, o seu interior. As alterações que decorrem com o passar do tempo. Seja fraca ou forte, poderosa ou humilde, é a conjugação de esforços, a comunhão de empenhos que afasta a humanidade do retrocesso, do atraso, da pobreza geral.
Nem é também a riqueza individual que gera o progresso, que promove o avanço. Mas a união geral, a união de todos, a justiça social e a política justiceira e humanitária, a distribuição e rendas, a honestidade e a capacidade de homens públicos, o espírito novo do capitalismo, sem egoísmo, sem injustiças e sem desumanidade, e tudo isso, no bom sentido, que pode melhorar as condições de vida do homem, da mulher e da criança. É o que também pode amparar a pobreza, que pode distribuir trabalho com todos evitando a miséria na via pública.
E é desta distribuição de trabalho e de tarefas que contempla todas as criaturas, úteis e honestas, numa fatia de bolo da Nação. E só assim acontece, não se encontrando nos países do Primeiro Mundo a miserabilidade, o desemprego, a fome, a falta de escolas e de hospitais. Em tais países, não se encontram esmoleiros pelas ruas, mendigos pelas calçadas, crianças sem aulas, adolescentes na aprendizagem da ladroeira.
Por certos motivos, muitos já perderam a esperança. E já não esperam, não confiam que o Ano-novo seja um Ano-bom, porque continuam as injustiças, as inoportunidades e os sofrimentos diários. Não fosse assim, tanta gente não continuaria no Brasil, a sofrer, dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano.
Mas a história tem mostrado que o mundo vira, modifica-se, transforma-se. E essa transformação depende da criatura humana, da sua formação cultural e dos seus sentimentos.
Porque assim acontece o Ano-novo, que no Ano-bom as esperanças não devem morrer.
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