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Lagarto: 141 anos de história e ternura

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De “Cidade Ternura” a “Cidade Universitária”, Lagarto é conhecida, sobretudo, graças à notabilidade dos seus filhos, que mantêm sua terra como berço de cultura de geração a geração.

Em Aracaju, lagartenses estudiosos como o saudoso Luiz Antônio Barreto e as escritoras Beatriz Góis Dantas e Aglaé d’Ávila Fontes têm deixado um legado imensurável de conhecimentos sobre a história de Sergipe e o folclore sergipano, que chamam a atenção do Brasil. Mas não são meras coincidências, são traços de suas afinidades com a infância em terras lagartenses.

O local registra o nascimento de grandes vultos da intelectualidade brasileira, a exemplo de Sílvio Romero, Laudelino Freire, Ranulpho Prata, Aníbal Freire, Joel Silveira, entre outros. Quem nasce em Lagarto difunde um orgulho explicável pela tradição cultural e inteligência peculiar dos seus filhos. E, quem não conhece a história do lugar, encanta-se com a descoberta, pois há muito para se contar. As pessoas são polidas, hospitaleiras e de muito bom gosto. É difícil visitar Lagarto e não ficar com saudade.

No âmbito da comunicação, na capital sergipana e além-fronteiras, os lagartenses também imprimem sua marca. Euler Ferreira e Rosalvo Nogueira, que não perdem contato com as tradições do município e sempre o visitam para revigorar suas inspirações, sabem perfeitamente o que isso significa.

Lagarto, celeiro de religiosidade e de vocações sacerdotais, encanta o Brasil com nomes da estirpe de Mons. Carvalho, Dom Mario Sivieri, Dom João Costa, Dom Celso Nascimento, Dom Dulcênio Matos… De representantes do judiciário, a exemplo do saudoso Bel. Joaquim Prata (defensor público, acadêmico e escritor), que nos orgulham, espelhados na conduta do saudoso Des. Enock Santiago, jurista que até hoje inspira conterrâneos do quilate de Deijaniro Jonas, Rosalgina Libório, Henri Clay Andrade, Paulo Prata, Josefa Paixão, entre outros.

Assim como os pensadores Sílvio Romero e Tobias Barreto, tomados pelas ideias de vanguarda de sua época, criaram o movimento denominado Escola do Recife, em Lagarto, a educação e a cultura passaram por uma série de transformações pela influência de notáveis educadores como Adelina Maria, Amazilde Viana, Anselma Montalvão, Cláudio Monteiro, Deleuse Silva, Mª do Carmo Oliveira, Paulo Prata, Piedade Hora, Selma Siqueira, entre outros, cujos ensinamentos contribuíram para mudar o pensamento de parte considerável da juventude lagartense. Tudo isso, sem nos esquecermos da influência das instituições de ensino superior e da Academia Lagartense de Letras, que posteriormente se somaram e vêm impulsionando o desenvolvimento do município, bem como transformando a vida das pessoas.

Viver em Lagarto é descobrir um mundo diferente, onde o verde e a engenharia moderna se fundem numa terra acolhedora, já que sua gente ultrapassa os limites para realizar o que almeja para o município, numa prova inconteste de sua paixão por esse torrão tão querido.

Rusel Barroso
F
undador da Academia Lagartense de Letras
Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe
Membro do MAC da Academia Sergipana de Letras

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