Lagarto às escuras: a cidade sem Natal e o descaso da gestão pública
Enquanto milhares de cidades brasileiras brilham com luzes natalinas e celebram o espírito de renovação e esperança, Lagarto, uma das maiores cidades do interior sergipano, encontra-se mergulhada no abandono. Em pleno Natal, quando o município deveria estar iluminado e aquecido pela magia desta época, o que se vê são ruas escuras, praças deterioradas e uma população desamparada.
A atual gestão, que prometeu melhorias e investimentos na infraestrutura urbana, deixa um legado de descaso e frustração. Sem decoração natalina, sem eventos culturais e sem qualquer iniciativa que pudesse trazer à tona o clima de celebração, Lagarto transformou-se em um retrato da negligência.
Moradores relatam a tristeza ao perceberem que a cidade, que já teve Natais marcados por celebrações públicas e enfeites modestos, agora sofre com a total ausência de planejamento. “O Natal sempre foi um momento de reunir as famílias nas praças, admirar as luzes e sentir que a cidade era um lar. Hoje, tudo parece morto, sem vida. A prefeitura virou as costas para nós”, lamenta uma moradora do centro da cidade.
A principal praça da cidade, outrora um ponto de encontro para famílias e turistas, está às escuras.O comércio local, que depende do fluxo de visitantes para aumentar suas vendas no fim do ano, sente os impactos dessa apatia administrativa. Sem atrativos, os consumidores buscam alternativas em municípios vizinhos. “Nós que trabalhamos no comércio estamos sentindo no bolso. Se a cidade estivesse decorada, com eventos natalinos, isso atrairia as pessoas. Mas do jeito que está, só espanta”, critica um dono de uma loja de roupas.
Além da ausência de celebração natalina, Lagarto enfrenta problemas estruturais graves. Buracos nas ruas, falta de manutenção na iluminação pública e a precariedade dos serviços básicos refletem a inoperância da administração municipal. As promessas de revitalização feitas no início do mandato não saíram do papel, e a população sofre as consequências desse abandono.
O silêncio da gestão pública diante das críticas só reforça a indignação dos moradores. Muitos questionam para onde foram os recursos destinados ao município e por que a cidade foi deixada em segundo plano em um momento tão simbólico como o Natal.
Enquanto outras cidades do estado celebram e acolhem seus moradores com festividades e ações culturais, Lagarto amarga o peso de uma gestão que parece alheia às necessidades da população. O Natal, que deveria ser um símbolo de união e esperança, se tornou mais uma lembrança do abandono que a cidade enfrenta.
A pergunta que fica é: até quando Lagarto permanecerá às escuras, sem luzes, sem alegria e sem uma gestão que realmente cuide de sua gente?